Formada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, Renata Meirelles realiza, ao longo de sua trajetória, um exercício constante de pesquisa e experimentação, de onde nascem as bases para a criação de um sistema construtivo singular, que mescla técnicas artesanais, digitais e industriais.

Em estado permanente de evolução, suas obras vão sendo construídas ao longo do tempo, incorporando novas ideias e técnicas, em um processo de retroalimentação. Nesse percurso, a artista se apropria dos mais diversos fazeres e referências, dando a eles novos significados e aplicações, sem, no entanto, perder sua identidade.

Em uma produção que transita entre arte, design e joalheria contemporânea, Renata combina tear, crochê, corte a laser, termo adesivagem e impressão 3D, usando como matéria-prima principal tecidos e fios, para criar peças a partir de recortes e tramas vazadas. Com uma linguagem autoral, faz uso dessas ferramentas para desenvolver padrões gráficos modulares e atemporais, como rendas sem agulhas, que, mesmo quando variam de escala, mantêm a delicadeza como característica.

Organizados e agrupados por similaridades de formas e processos construtivos, esses padrões dão origem a famílias, que se ampliam, se reproduzem e se desmembram em diferentes tempos e espaços, gerando instalações, esculturas, painéis, cenários, objetos e peças para o corpo – essas definidas pela artista como “esculturas de vestir”. Dessas famílias surgem coleções e séries, que reúnem peças únicas e seus desdobramentos, algumas vezes em parcerias com outros artistas e designers.

Embora os limites entre as áreas sejam fluidos, seu trabalho pode ser dividido em três grandes grupos: coleções, joias de autor e projetos

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Formada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, Renata Meirelles realiza, ao longo de sua trajetória, um exercício constante de pesquisa e experimentação, de onde nascem as bases para a criação de um sistema construtivo singular, que mescla técnicas artesanais, digitais e industriais.

Em estado permanente de evolução, suas obras vão sendo construídas ao longo do tempo, incorporando novas ideias e técnicas, em um processo de retroalimentação. Nesse percurso, a artista se apropria dos mais diversos fazeres e referências, dando a eles novos significados e aplicações, sem, no entanto, perder sua identidade.

Em uma produção que transita entre arte, design e joalheria contemporânea, Renata combina tear, crochê, corte a laser, termoadesivagem e impressão 3D, usando como matéria-prima principal tecidos e fios, para criar peças a partir de recortes e tramas vazadas. Com uma linguagem autoral, faz uso dessas ferramentas para desenvolver padrões gráficos modulares e atemporais, como rendas sem agulhas, que, mesmo quando variam de escala, mantêm a delicadeza como característica.

Organizados e agrupados por similaridades de formas e processos construtivos, esses padrões dão origem a famílias, que se ampliam, se reproduzem e se desmembram em diferentes tempos e espaços, gerando instalações, esculturas, painéis, cenários, objetos e peças para o corpo – essas definidas pela artista como “esculturas de vestir”. Dessas famílias surgem coleções e séries, que reúnem peças únicas e seus desdobramentos, algumas vezes em parcerias com outros artistas e designers.

Embora os limites entre as áreas sejam fluidos, seu trabalho pode ser dividido em três grandes grupos: coleções, joias de autor e projetos

Coleções

Com sua produção têxtil em destaque, a artista expôs peças de suas coleções no Brasil e no exterior, recebeu diversos prêmios e participou de vários workshops para ampliar e aperfeiçoar suas técnicas, fortalecer o discurso e desenvolver sua poética. Presença importante e ativa em grupos e coletivos de arte têxtil, Renata não só fez a curadoria de algumas exposições sobre o tema como participou e deu início a outras múltiplas ações para estimular, desenvolver e impulsionar trabalhos na área, fortalecendo a linguagem em sua própria produção e trazendo visibilidade nacional e internacional para outros artistas têxteis.

Joias de autor

Renata Meirelles iniciou sua atuação na área de joalheria a partir de convites para expor suas joias fora do país. Além de levar obras criadas no âmbito das coleções para esse universo, em peças únicas, passou a desenvolver trabalhos especialmente para as exposições. Embora o têxtil continue como matéria-prima principal, as joias incorporam também materiais como madeira, plástico e metal.

A joalheria contemporânea se torna, assim, mais uma forma de expressar sua poética em relação ao corpo. Palestras, exposições e workshops sobre o tema se sucedem em seu percurso a partir do I Simpósio de Joalheria Contemporânea, realizado em Buenos Aires em 2012. Esse ano marca a criação do Grupo Broca, coletivo formado por artistas brasileiros unidos pelo interesse em joalheria contemporânea e integrado por Renata desde o seu início.

Projetos

Algumas peças inicialmente criadas para coleções passaram a sair da escala do corpo e ganhar novas dimensões, explorando espaços arquitetônicos, cênicos e expositivos. Essas obras propõem a interação entre o ambiente e os espectadores. Escultóricas e tridimensionais, elas podem se mover com o vento, projetar jogos de luz e sombra ou serem modificadas intencionalmente por quem tem contato com elas.

No currículo de Renata existem ainda projetos desenvolvidos em parceria com outros artistas, num diálogo entre linguagens e processos diversos, que potencializam uns aos outros, além de obras feitas sob encomenda.

Entrelaçamento

Independente de partir de uma demanda própria ou externa, todos os trabalhos de Renata Meirelles são marcados pela identidade da artista e mantêm a essência de seu processo criativo e de seu sistema construtivo: o uso de módulos, a combinação de técnicas manuais, industriais e digitais, a experimentação com diversos materiais, a busca pelo movimento, a tridimensionalidade e as possibilidades de intervenção por parte do espectador.

Uma produção que está em constante movimento e se transforma de uma criação para outra, se retroalimentando do que foi, do que é e do que será; dando vida a novas composições e novos arranjos, em entrelaçamento frutífero e poético de muitos processos.

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